domingo, 13 de agosto de 2017

Uma boa série


Hoje eu vim recomendar uma série que eu gosto muito que é The Walking Dead

The Walking Dead é uma série de televisão dramática e pós-apocalíptica norte-americana, desenvolvida por Frank Darabont e baseada na série em quadrinhos de mesmo nome, de Robert Kirkman, Tony Moore e Charlie Adlard. A série é centrada em Rick Grimes, um oficial de polícia de uma cidade no estado da Geórgia, Estados Unidos. Também acompanha a trajetória de sua família e uma série de outros sobreviventes que se uniram para manterem-se vivos depois que o mundo foi infestado por zumbis.
A série é recomendada para maiores de 16 anos. E um dos seus pontos fortes é que ela não foca apenas nos zumbis, mas também no psicológico e conflitos das pessoas. 

A série atualmente possui 7 temporadas, e estou entusiasmado para a 8ª.




Para quem quiser começar a assistir aqui está o link para o trailer em inglês da 1ª temporada:

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A chegada ao anexo secreto


Primeiro dia no Anexo Secreto

A convocação de Margot para os campos de trabalho na Alemanha acelera os planos de se esconderem na empresa de Otto Frank. Seus funcionários se encarregam do bem-estar da família e de seus amigos, no Anexo Secreto. Os avanços dos aliados trazem esperança de libertação aos escondidos.







                                  Convocação de Margot









                                         

Em 8 de julho de 1942, quarta-feira, Anne escreve em seu diário que estava preocupada com a ideia de ir para um esconderijo, então juntou as coisas mais malucas (lembranças), em uma pasta da escola, pois para ela, as lembranças eram mais importantes que os vestidos.

Sobre sua chegada ao Anexo Secreto, escreve: "O Sr. e a Sra. Van Daan chegaram meia hora mais tarde. Para nossa diversão, a senhora Van Daan vinha carregando uma caixa de chapéu com um grande penico dentro. "Pois é, não me sinto em casa sem o meu urinol exclamou ela, e aquele foi o primeiro item a encontrar um lugar permanente sob o divã.” E comenta em Kitty (seu diário), que haviam concordado que iriam para o esconderijo, no dia: 16 de julho. Porém devido a convocação de Margot, tiveram que antecipar em 10 dias sua ida, sendo assim, teriam que adaptar-se em aposentos menos organizados. O esconderijo ficava no prédio do escritório de Otto.

Em 11 de julho de 1942, Anne escreve "para" Kitty: "sem dúvida você quer saber o que acho de estar escondida. Bom, só posso dizer que ainda não sei direito. Acho que nunca me sentirei à vontade nesta casa, mas isso não significa que a odeie. É como estar de férias em alguma pensão estranha. É um modo meio diferente de encarar a vida num esconderijo, mas é assim que as coisas são. O Anexo é um lugar ideal para se esconder. Pode ser úmido e torto, mas provavelmente não há esconderijo mais confortável em Amsterdã. Nem em toda a Holanda.".
E neste mesmo dia fala que: "não importa o que façamos, temos muito medo de que os vizinhos possam nos ver ou ouvir. Desde o primeiro dia, começamos imediatamente a costurar cortinas. Na verdade, mal dá para chamá-las de cortinas, já que não passam de retalhos de pano - que papai e eu costuramos de qualquer jeito, com dedos desacostumados. Aquelas obras de arte foram colocadas nas janelas, onde vão ficar até que possamos sair do esconderijo.".

Diz que é claro que não podem olhar pela janela, nem sair, e devem ficar quietos para as pessoas de baixo, não os-ouvirem, além de mencionar: "Estou ansiosa pela chegada dos van Daan, marcada para a terça-feira. Vai ser muito mais divertido, e também o lugar não vai ficar tão silencioso. Você sabe, é o silêncio que me deixa tão nervosa nos fins de tarde e à noite, e eu daria tudo para uma das pessoas que nos ajudam dormir aqui."

Em 12 de julho de 1942, domingo, Anne diz que possui muitos sonhos, mas a realidade é que deveria permanecer no Anexo Secreto, até o fim da guerra.

As únicas visitas que Anne Frank e quem estava no esconderijo poderiam receber eram: Miep, seu marido Jan, Bep Voskuijl, o Sr. Voskuijl, o Sr. Kugler, o Sr. Kleiman e a Sra. Kleiman, apesar de que Anne comenta que ela não "comparece", porque acha muito perigoso.

Em 28 de setembro de 1942, Anne Frank diz:
“Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros. Esta, claro, é uma perspectiva muito desalentadora.”.



Fontes: http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/ e o livro: "O diário de Anne Frank".

Como era a alimentação




Os membros do anexo passaram por várias dificuldades e hoje apresento um trecho do diário em que Anne conta um pouco sobre a alimentação no esconderijo.

"Segunda-feira, 3 de abril de 1944


Minha querida Kitty,

Ao contrário do que costumo fazer
vou dar uma descrição detalhada da situação alimentar, já que está se tornando uma situação difícil e importante, não somente aqui no Anexo, mas em toda a Holanda, em toda a Europa e mesmo no resto do mundo.
Nos 21 meses em que vivemos aqui, passamos por muitos ciclos alimentares logo você entenderá o que isso significa. Um ciclo alimentar é um período em que só temos um prato específico ou um tipo de verdura para comer. Durante longo tempo, só tivemos endívias. Endívia assim, endívia assado, endívia com puré de batatas, caçarola de endívia com purê de batatas. Depois é espinafre, seguido por couve, salsão, pepinos, tomates, chucrute, e por aí vai.
Não é muito divertido quando, por exemplo, você tem de comer chucrute todos os dias no almoço e no jantar, mas, com fome, você acaba aceitando um bocado de coisas. Agora, porém, estamos passando pelo período mais delicioso de todos, porque não temos nenhuma verdura.
Nosso almoço durante a semana consiste em feijão, sopa de ervilha, batata com bolinhos, guisado de batata, e, pela graça de Deus, cenouras podres ou nabos, e em seguida voltamos ao feijão. Por causa da escassez de pão, comemos batatas em todas as refeições, a começar pelo café da manhã, mas, aí, nós as fritamos um pouco. Para fazer sopa, usamos feijão, batatas, pacotes de sopa de legumes, pacotes de sopa de galinha e pacotes de sopa de feijão. O feijão entra em tudo, até no pão. No jantar, comemos sempre batata com imitação de molho de carne e - graças a Deus ainda temos - salada de beterraba. Preciso falar dos bolinhos. Nós os fazemos com farinha do governo, água e fermento. Eles ficam tão grudentos e duros que a gente parece ter pedras no estômago, mas tudo bem!
O ponto alto nossa semana é uma fatia de salsicha de de fígado e a geleia no pão sem manteiga. Mas ainda estamos vivos, e na maior parte do tempo isso também tem um gosto bom!

Sua Anne"




Essa publicação foi retirada do blog da minha amiga Anna, link do post dela:


https://101historiasaj.blogspot.com.br/2017/07/a-alimentacao-no-anexo.html

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Um assalto na fábrica



No dia 25/03/1943, Anne relata um assalto que ocorreu na fábrica de Otto, só não assaltaram o anexo, pois não sabiam que tinha algo atrás da prateleira. Confira o relato de Anne:


"Querida Kitty,

Ontem, mamãe, papai, Margot e eu estávamos sentados tranqüilamente, quando Peter entrou e cochichou qualquer coisa no ouvido de papai. Ouvi alguma coisa a respeito de "um barril derrubado no depósito" e "gente mexendo na porta". Margot ouviu também, mas assim que papai e Peter saíram ela procurou me acalmar, pois eu estava branca como cera e nervosíssima. Ficamos à espera, assustadas. Daí a um ou dois minutos a sra. Van Daan veio para cima. Disse-nos que estava ouvindo rádio no escritório particular e que Pim lhe pedira que desligasse o aparelho e subisse sem fazer o menor ruído. Mas você sabe como são as coisas quando a gente não quer fazer barulho: cada degrau parecia ranger o dobro do comum. Não se haviam passado cinco minutos quando Peter e Pim retornaram, lívidos até a raiz dos cabelos, contando-nos suas experiências. Haviam-se escondido debaixo da escada, a princípio sem resultado. De repente — sim, preciso contar isto a você —, eles ouviram dois baques fortes, como se duas portas tivessem batido aqui, dentro de casa. Pim subiu a escada de um pulo. Peter avisou Dussel em primeiro lugar, que subiu depois de muito barulho e confusão. Depois, fomos todos, só de meias, para os aposentos dos Van Daan, lá em cima. O sr. Van Daan estava deitado, resfriadíssimo.Tivemos que nos aproximar de sua cama para sussurrar-lhe nossas suspeitas. Cada vez que o sr. Van Daan tossia, a sra. Van Daan e eu ficávamos tão assustadas que pensávamos que íamos ter um ataque de nervos. Isso até que uma de nós teve a brilhante idéia de lhe dar algumas gotas de codeína, que acalmou a tosse imediatamente. Esperamos e tornamos a esperar, mas como não ouvimos mais nada chegamos à conclusão de que os ladrões haviam fugido ao ouvir passos na casa normalmente silenciosa. O pior era que o rádio, lá embaixo, havia ficado ligado, sintonizado na Inglaterra, com as cadeiras arrumadinhas à sua volta. Se a porta tivesse sido forçada e os vigias antiaéreos tivessem observado qualquer anormalidade e avisado a polícia, as conseqüências poderiam ter sido bem desagradáveis. Por isso o sr. Van Daan levantou-se, enfiou a capa, pôs o chapéu e acompanhou papai até lá embaixo, com todo o cuidado. Peter seguiu na retaguarda, empunhando um enorme martelo, para caso de emergência. As senhoras, em cima (incluindo Margot e eu), esperaram ansiosas até a volta dos homens, cinco minutos mais tarde. Disseram que tudo estava quieto e em ordem na casa. Resolvemos não abrir torneiras nem dar descarga na privada, mas como a emoção havia afetado a maioria das barrigas, você bem pode imaginar como ficou a atmosfera depois de cada um ter feito a sua visita ao banheiro. Quando acontece uma coisa assim, parece que vem uma porção de cambulhada, como agora. Número um: o relógio de Westertoren, que eu sempre achei reconfortante, não bateu as horas. Número dois: como o sr. Vossen saiu mais cedo na noite passada, não tínhamos certeza se Elli conseguira apanhar a chave. Talvez tivesse se esquecido de fechar a porta. Era noite e ainda estávamos num estado de incerteza, embora mais tranqüilizados pelo fato de não termos escutado mais ruído algum desde as oito horas (quando o ladrão nos alarmara) até as dez e meia. Pensando melhor, achamos que era bastante improvável que um ladrão forçasse a porta assim tão cedo, quando ainda havia muita gente na rua. Um de nós lembrou também que o vigia do prédio vizinho talvez ainda estivesse trabalhando, e que a tensão e as paredes finas podiam nos pregar peças. O mais certo é que a imaginação é capaz de assumir papel importante em determinados momentos críticos. Desse modo fomos todos para a cama, mas nenhum de nós conseguiu dormir. Papai, assim como mamãe e o sr. Dussel, ficaram acordados, e, sem um pingo de exagero, posso garantir que não preguei o olho. Hoje pela manhã os homens desceram para ver se a porta de fora estava fechada. Tudo parecia mais seguro. Descrevemos aos outros, com detalhes, o episódio assustador. Todos riram e fizeram gracejos a respeito. É muito fácil achar graça dessas coisas, depois que elas passam. Elli foi a única que nos levou a sério.
                                                                                                                               Sua Anne."

Albert Dussel: o oitavo membro




Dussel (30 de abril de 1889 – 20 de dezembro de 1944) foi um dentista alemão, um dos oito judeus refugiados no Anexo Secreto, dividindo um quarto pequeno com Anne Frank. Na verdade, seu verdadeiro nome é Fritz Pfeffer, mas por certos motivos (que explicarei daqui a pouco) ele é chamado pelo seu pseudônimo Albert Dussel por Anne. No Diário de Anne Frank (1947), ele e o grupo de pessoas foram traídos misteriosamente e capturados pela Schutzstaffel, morrendo no campo de concentração de Neuengamme vítima de enterocolite, em 1944.


Chegada ao anexo

Dussel chegou ao anexo no dia 16 de novembro de 1942(mas foi comentado no diário no dia seguinte), de acordo o diário Dussel ficou sem reações ao perceber como o anexo era feito e ao perceber o quanto os Franks tinham sido espertos ao espalhar o boato de que eles tinham fugido com um militar para Bélgica. Logo após isso ele vai explorar o anexo, arrumar seus poucos pertences e vai dormir enquanto todos almoçavam.

Dussel ficou no quarto junto com Anne, pois os Franks não queriam que Dussel ficasse com Margot no mesmo quarto, pois ele poderia “despertar seus instintos carnais” por ela.

A princípio todos o acham gentil e que é uma boa pessoa, assim como esse trecho demonstra:
“Como havíamos pensado o Sr. Dussel é um homem muito gentil. Claro que ele não se incomodou em dividir o quarto comigo; para ser honesta, não estou exatamente maravilhada por um estranho usar minhas coisas, mas precisamos fazer sacrifícios por uma boa causa, e estou feliz por poder fazer este pequeno.”’

Mas ao longo do tempo Anne vai se estressando com ele, como esse trecho comenta:

“Como se já não ouvisse bastante ‘psius’ durante o dia, porque estou fazendo barulho demais, meu caro companheiro de quarto teve a idéia de ficar fazendo ‘psius’ também à noite. De acordo com ele, eu não deveria nem me mexer. Eu me recuso a dar trela, e da próxima vez em que ele pedir silêncio vou devolver-lhe o ‘psiu’.”

Impressionantemente no total foram necessários apenas três dias para ela formar essa opinião. E uma coisa interessante sobre a irritação de Anne sobre ele é que nós o conhecemos por Dussel, pois era assim que ela o chamava, para se entender melhor vamos ver primeiro o que significa Dussel em alemão. Dussel significa “idiota” ou “tonto”, com isso fica mais fácil de perceber o quanto Anne não o suportava.


Fonte: http://www.annefrankguide.net/pt-BR/bronnenbank.asp?aid=117994

Miep Gies, uma grande ajuda


Hermine Santruschitz-Gies, mais conhecida como Miep Gies, foi uma secretária e contadora austríaca. Ganhou atenção mundial por ter ajudado a família de Anne Frank e outras sete pessoas a se esconderem dos nazistas no Anexo Secreto, durante a Segunda Guerra Mundial. Quando foram capturados pela Schutzstaffel, ela tentou, sem sucesso, subornar o sargento Karl Silberbauer para os libertarem. Ela também guardou o diário de Anne Frank até o fim da guerra e entregou a Otto Frank para sua publicação, que ocorreu em 1947.

Indo à fundo, Hermine (Miep) Gies-Santrouschitz nasceu em Viena, em 15 de fevereiro de 1909. Os seus pais enviaram-na para a Holanda após a Primeira Guerra Mundial para que, sob melhores condições, pudesse recuperar-se da tuberculose e subnutrição. Ela gostou tanto da Holanda que os seus pais lhe deram permissão para ficar por lá com a sua família adotiva.




Em 1933, começou a trabalhar como secretária na Opekta, a empresa de Otto Frank. Logo depois, Miep conheceu Edith, a mulher de Otto, e as suas filhas Margot e Anne. Miep e o seu namorado Jan Gies visitavam a família Frank frequentemente e tornaram-se amigos.

Na primavera de 1942, Otto pediu a ajuda de Miep durante o tempo em que ele e sua família ficariam escondidos. Ela não hesitou um só momento. Durante a preparação para ida ao anexo, Miep e Sr. van Daan, auxiliaram com vestimentas para as sete pessoas que estavam à caminho do anexo secreto. O dia seguinte não estava tão quente quanto o anterior, portanto, toda a família se vestiu com camadas de roupas, na intenção de levar mais roupas para o anexo. Miep foi guiando o caminho até o grande esconderijo. O esconderijo ficava no prédio do escritório de Otto Frank.

Ao longo do tempo no qual ficaram escondidos, Miep fazia a provisão diária de alimentos para os mesmos. Às vezes, durante a semana, Miep Gies ia mais de uma vez visitar os escondidos. Além de tudo, Miep era a comunicação da família, ela encaminhava informações de dentro para fora e de fora para dentro do anexo. Enquanto isso, ela continuou a trabalhar para Opekta e, desta forma, ajudou a manter empresa funcionando.

Após a prisão dos que estavam no esconderijo, Kleiman e Kugler, Bep e Miep ficaram para trás. Elas pegaram o diário de Anne do chão e o esconderam na gaveta da escrivaninha de Miep. Pouco depois, os alemães esvaziaram o esconderijo completamente. Quando Otto Frank no verão de 1945 ouviu que Margot e Anne tinham morrido no campo de concentração de Bergen-Belsen, Miep entrega-lhe os papéis do diário de Anne.

Até o final de sua vida Miep Gies esteve envolvida com as atividades da Casa Anne Frank. Miep disse em 2007: "Eu acho fantástico que a Casa Anne Frank já existe há 50 anos. Espero que a entidade possa continuar fazendo seu trabalho por muitos anos. Como prova de que Anne Frank existiu e eu a conheci".



A Miep também aparece no filme "Escritores da Liberdade", um filme de drama de 2007, dirigido e roteirizado por Richard LaGravenese.
Se passa em Los Angeles, quando uma dedicada professora de uma escola dividida por raças ensina uma turma de alunos adolescentes que apresenta problemas de aprendizagem, ela tenta inspirá-los a acreditarem em si mesmos e a atingirem o sucesso, pois estão prestes a serem reprovados.


Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Miep_Gies e o livro "O Diário de Anne Frank"

Algumas teorias que rondam a internet



Muitos se perguntam: será que Otto modificou o diário?
Quando regressou de Auschwitz, Otto Frank soube que era o único sobrevivente da família e amigos, com quem viveu no Anexo Secreto. Segundo suas próprias palavras, havia encontrado o diário da filha (na antiga casa) e decidiu publicá-lo pelo seu valor de documento histórico. Porém, há pessoas que defendem que o tão importante diário, pode não ter sido escrito pela mão de Anne Frank.

Em 1947, surgiu nas livrarias a primeira edição, e foi necessário pouquíssimo tempo para que se tornasse um sucesso de vendas.
Os questionamentos e dúvidas começaram nos anos 50, até colocaram em causa que fosse realmente Anne Frank, a autora do diário. Seria possível nunca ninguém a ter visto escrever? Segundo Otto, ninguém tinha conhecimento disso. E como, com apenas 13 anos, fechada e com acesso limitado à informação, era capaz de tantas reflexões filosóficas e descrições sobre a guerra? Esse foi o início de muitas contradições sobre o tão famoso diário.

As suspeitas começaram nos anos 50, mas o caso acabou mesmo no tribunal. Meyer Levin criou um processo contra Otto Frank, reclamando dos direitos de autor do diário e a falta de pagamento pelo trabalho. O escritor judeu ganhou o caso, tendo o pai de Anne sido condenado a pagar 50.000 dólares.
Na mesma época, especialistas do American Council Letter, do próprio tribunal e grafologistas, analisaram os textos e afirmaram que estes não tinham sido obra da adolescente. Alegavam letra diferente, além de várias passagens estarem escritas com um tipo de caneta esferográfica inventada anos depois. Confrontado com os fatos, Otto declarou que não revelou os originais, porque Anne tecia duras criticas à mãe, e revelava momentos "íntimos" na sua relação com Peter.

Outras vozes contestam estas provas, e alegam que as investigações provaram a autenticidade do livro. Otto deixou indicações de que "os cortes" só poderiam ser revelados após a sua morte. Quando isso aconteceu, em 1980, o Instituto Holandês de Documentação para a Guerra iniciou um processo para provar que Faurisson estava enganado. E conseguiu. Pouco depois, foi



publicado o diário na íntegra, juntamente com os estudos realizados. Miep Gies negou durante toda a vida que o livro fosse uma fraude. Durante esses dois anos escondidos, argumentou-se, os estudos que fez e a situação por que passava levaram Anne a refletir mais seriamente sobre tudo, o que justificaria o alcance dos seus textos.
Mas independentemente dessas teorias serem verdadeiras ou falsas, Anne, juntamente com todos os outros judeus, passou por momentos terríveis e de muita tensão; coisas que jamais devem acontecer novamente. Seu diário será sempre um forte ícone da literatura, pois contém fortes depoimentos (independente de quem tenha escrito).



Fonte: http://obviousmag.org/archives/2011/08/diario_de_anne_frank_as_polemicas_em_torno_de_um_classico.html

Um pouco sobre a família de Anne


A família de Anne Frank



Edith Frank




Otto Frank


Margot Frank


Edith Frank era a mãe de Anne Frank, e demonstrava certo incômodo, raiva da mãe, contando em seu diário que ela à criticava e tinha preferência pela sua irmã, Margot, pedindo para que Anne se espelhasse nela.
Em 1944, ao ser capturada e levada ao campo de concentração de Auschwitz, ela tentou manter a sobrevivência de suas filhas dando-lhes alimento, mas acabou morrendo de fome no ano seguinte.


Otto Frank era pai de Anne e diretor administrativo de uma empresa que fabricava produtos para fazer geleia. Se casou novamente, com Elfriede Geiringer, antiga vizinha dos Franks e companheira deles em Auschwitz.
Ele teve três irmãos, sendo eles: um mais velho, chamado Robert e dois mais novos, Herbert e Helene.

Quando capturados, foi transportado para Auschwitz, sendo o único sobrevivente do grupo, onde após sobreviver, publicou o livro feito por sua filha, "Diário de Anne Frank" (1947), e ainda fundou o museu "Casa de Anne Frank".

Margot Frank era a irmã mais velha e acabou sofrendo as mesmas coisas que Anne, também morrendo de tifo em Bergen-Belsen.
Organizada, sossegada, tinha boas notas na escola, além de que era três anos mais velha que Anne. Após a guerra terminar, seu sonho era ser médica ou algo nessa área. E assim como a irmã, ela também escreveu um diário durante a guerra, porém nunca foi encontrado.

As diferentes versões do diário



Hoje irei te apresentar as 4 versões do livro "O diário de Anne Frank": A, B, C e D e mostrar quais são suas diferenças.




A primeira versão é a A, mais conhecida como original. Ela visa retratar ao máximo o que Anne escrevia, contendo imagens de textos escritos à mão e sentimentos mais explícitos.
A edição também mostra muito bem a implicância de Anne com a mãe (que pode ser notada nas outras versões, mas não tão nítida).



A versão B é mais intermediária, não sendo tão explícita quanto a A, mas nem tão "censurada" quanto a C.
Com ela pode-se notar um pouco menos dos sentimentos que Anne sentia ao escrever no diário.



A versão C, é a mais leve e menos explícita, possuindo trechos não tão pesados, mas ainda sim consegue retratar bem o sofrimento que os judeus passavam.
Ela foi editada por Otto Frank (pai de Anne), após morte de sua filha.
É a versão que estou lendo e por esse fato acho que é a mais usada nas escolas.



A versão D foi criada/organizada em 1955, pela escritora alemã, Mirjam Pressler.

Um pouco sobre a família van Pels (van Daan)



​Hermann van Pels

​Hermann van Pels começa a trabalhar com Otto Frank em 1938. Miep Gies lembra-se dele como "um homem alto e encorpado" e "um tipo de pessoa muito agradável que se adaptou facilmente à rotina da empresa".

Hermann adquiriu os seus conhecimentos como açougueiro trabalhando no negócio de seu pai, Aron van Pels (que era originalmente holandês). Após seu casamento com Lina Vorsänger, Aron estabeleceu-se em Gehrde, Alemanha. Lá, ele trabalhou para o seu sogro alemão, um atacadista de equipamentos e utensílios para açougues. Aron e Lina tiveram seis filhos: Max, Henny, Ida, Hermann, Klara e Meta.

Hermann nasceu em 31 de março de 1898. Ele tornou-se representante da empresa do seu pai em Osnabrück, Alemanha.

Ele se casou em 5 de dezembro de 1925 com a alemã Auguste (Gusti) Röttgen. Ela se torna holandesa, porque de acordo com a lei as mulheres herdavam automaticamente a nacionalidade do cônjuge. Gusti nasceu em 29 de setembro de 1900 em Buer (em Osnabrück) e seu pai era um comerciante. Hermann e Gusti moravam em Osnabrück, perto da fronteira com a Holanda, onde Peter nasceu, em 8 de novembro de 1926.
Em 1933, os nazistas um boicote contra as empresas judaicas em toda a Alemanha. Em Osnabruck o boicote foi um desastre por causa de um fanático nazista, que era fotógrafo e pendurava em sua vitrine fotos de não-judeus que compraram de judeus. O pai de Hermann, Aaron van Pels, tinha um comércio de artigos para açougue, em Osnabrück, onde também trabalhavam seus filhos Hermann e Ida. Em 1935, a irmã de Hermann, Henny, se muda com sua oficina de costura para Amsterdã. Hermann segue o mesmo destino em 1937 e Aaron em 1938, ano que Hermann começa a trabalhar com Otto Frank. Ele morreu em algumas semanas depois de chegar em Aushwitz, no dia 6 de setembro de 1944.



Peter van Pels



Peter nasceu a 8 de novembro de 1926 em Osnabrück, perto da fronteira com a Holanda. Ele não tinha irmãos. Miep Gies acha Peter van Pels "um rapaz encorpado e bonito, de cabelos cheios e escuros, gentil e de olhos sonhadores". Durante o tempo no esconderijo, ela quase não tinha contato com ele: "Nunca tivemos uma conversa, apenas uma vez, quando ele me pediu para arranjar flores para Anne."
Bertel Hess, uma prima de Hermann van Pels, lembra que Peter era muito habilidoso: "Eu encontrei Peter muitas vezes. Ele sempre visitava a tia Henny e o seu avô, que também haviam fugido de Osnabrück e moravam em Amsterdão. Ele era um menino muito dócil e tímido, muito tímido. Era muito habilidoso."
Ele morreu em 10 de Maio de 1945, após participar da marcha da morte e chegar em Mauthasen.
Auguste nasceu a 29 de setembro de 1900 em Buer, perto de Osnabrück, Alemanha. Miep Gies descreve Auguste como moderna e um pouco vaidosa. A família Van Pels traz muita agitação ao local, que tanto pode ser divertida como proporcionar várias discussões acaloradas. A Sra. Van Pels é a cozinheira da casa. Ela gosta de falar sobre política o que, certamente, acaba por gerar discussões com o seu marido.
Ela morreu na primeira metade de abril de 1945.







Anne Frank e sua mãe


Durante um bom tempo no esconderijo, Anne Frank discutia com frequência com sua mãe. Irritações mútuas eram grandes. Ela percebia, porém, que as discussões eram reforçadas pela situação em que se encontram.

2 de Janeiro de 1944 em seu diário, Anne diz: “Como me amava, ela era terna e afetuosa, mas por causa das situações dificeis em que eu a punha – e devido às circunstâncias em que ela se encontrava –, mamãe ficava nervosa e irritadiça, e eu consigo entender porque ela costumava ser dura comigo. Eu me ofendi, levei a coisa muito a sério e fui insolente e malcriada com ela; o que, por sua vez, deixou-a infeliz. Fomos apanhadas num círculo vicioso de ofensas e tristezas. Não foi um período muito feliz para nenhuma de nós”.

Miep Gies conta que Edith guardava um sentimento que a deixava incomodada:


“O que perturbava Edith Frank, mas que ela não ousava falar na presença de outras pessoas, era que ela se sentia esmagada por um profundo desespero. Enquanto os outros contavam dias até que os aliados viessem e imaginavam o que eles fariam quando a guerra terminasse, a senhora Frank admitia que, para seu grande pesar, ela tinha um sentimento de que a guerra nunca terminaria.”



Fonte: http://www.annefrankguide.net/pt-BR/bronnenbank.asp?aid=118009

Anexo secreto e sua estrutura



Quando os judeus começam a ser caçados por Adolf Hitler na Holanda, o pai de Anne (Otto) e Sr. Kleiman, seu amigo, levam a família para um espaço anexo á fábrica onde Otto trabalhava.

Anne, vai para o anexo com sua família, a mãe (Edith Frank), o pai (Otto Frank) e sua irmã mais velha (Margot Frank). Lá eles conhecem o senhor e senhora van Daan e seu filho Peter van Daan, que serão seus "colegas de anexo" durante este período, pelo anexo passaram também Sr. Dussel, Sr. Voskuijl e Boche (o gato).





Os moradores do anexo também tiveram ajuda de Miep (Hermine), secretária e Bep (Elisabeth), taquigrafista, da Opekta, empresa de Otto Frank, elas ajudavam os moradores abastecendo o anexo com comida, roupas e oferecendo até cursos de línguas dados por elas mesmas e ainda, Sr. Kugler, um dos primeiros funcionários de Otto, que ajudava Miep e Bep com as compras.
Era neste mesmo lugar que Anne escrevia em seu diário, com angústia, seu cotidiano e o das pessoas que conviviam com ela.

Essas narrativas terminam três dias antes do lugar ser descoberto, quando as oito pessoas foram levadas para uma prisão em Amsterdã, depois transferidas para Westerbork, um campo de triagem. Em 03 de setembro, foram deportados e chegaram em Auschwitz - Polônia. Anne e Margot foram levadas para Bergen-Belsen, campo de concentração perto de Hannover - Alemanha.



Imagens da planta do Anexo Secreto:








Imagens dos cômodos:


Banheiro




Quarto de Peter van Pels




Área comum: cozinha, sala de estar e de refeições.


​Sótão




Quarto de Anne e de Fritz Pfeffer


Atualmente, existe um museu fundado pelo pai de Anne, que é inteiramente dedicado à ela. Se localiza na Holanda, onde era o Anexo Secreto:





Link do Anexo Secreto em 3D: http://www.annefrank.org/en/Subsites/Home/Enter-the-3D-house/#/house/start/help/


Fontes: http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/Todas-as-pessoas/Bep-Voskuijl/
http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/Todas-as-pessoas/Miep-Gies/
http://www.annefrank.org/pt/Subsites/Linha-do-tempo/Segunda-Guerra-Mundial/O-esconderijo/1942/Fotos-do-interior-do-Anexo-Secreto/#!/pt/Subsites/Linha-do-tempo/Segunda-Guerra-Mundial/O-esconderijo/1942/Fotos-do-interior-do-Anexo-Secreto/

Um resumo de sua própria vida



 Na página 20 do diário de Anne Frank ela conta um resumo de sua vida a Kitty.

Confira abaixo:



"Como ninguém entenderia uma palavra de minhas histórias contadas a Kitty se eu começasse a escrever sem mais nem menos, é melhor fazer um breve resumo de minha vida, por mais que seja contra a minha vontade.

Meu pai, o pai mais adorável que conheço, só se casou com minha mãe quando tinha 36 anos, e ela, 25. Minha irmã Margot nasceu em em Frankfurt am Main, na Alemanha, em 1926. Eu nasci em 12 de junho de 1929. Morei em Frankfurt até completar 4 anos. Como éramos judeus, meu pai imigrou para a Holanda em 1933, quando se tornou diretor-administrativo da Dutch Opekta Company, que fabrica produtos para fazer geleia. Minha mãe, Edith Holländer Frank, juntou-se a ele na Holanda em setembro, enquanto Margot e eu fomos mandadas a Aachen, para ficarmos com nossa avó. Margot foi para a Holanda em dezembro, e eu, em fevereiro, quando me puseram sobre a mesa como presente de aniversário para Margot.

Entrei imediatamente na pré-escola Montessori. Fiquei lá até os 6 anos, quando comecei a primeira série. Na sexta série, minha professora era Sra. Kuperus, a diretora. No fim do ano, nós duas choramos quando dissemos um adeus de partir o coração, porque me aceitaram no Liceu Israelita, que Margot também frequentava.

Levávamos uma vida cheia de ansiedade, pois nossos parentes na Alemanha estavam sofrendo com as leis de Hitler contra os judeus. Depois dos pogroms de 1938, meus dois tios (irmãos da minha mãe) fugiram da Alemanha, refugiando-se na América do Norte. Minha vó idosa veio morar conosco. Na época estava com 73 anos.

Depois de maio de 1940, os bons momentos foram poucos e muito espaçados: primeiro veio a guerra, depois, a capitulação, em seguida, a chegada dos alemães, e foi então que começam os sofrimentos dos judeus. Nossa liberdade foi gravemente restringida com uma série de decretos antissemitas: os judeus deveriam usar uma estrela amarela; os judeus eram proibidos de andar nos bondes; os judeus eram proibidos de andar de carro, mesmo em seus próprios carros; os judeus deveriam fazer suas compras entre três e cinco horas da tarde; os judeus só deveriam frequentar barbearias e salões de beleza de proprietários judeus; os judeus eram proibidos de sair às ruas entre oito da noite e seis da manhã; os judeus eram proibidos de frequentar teatros, cinemas ou ter qualquer outra forma de diversão; os judeus eram proibidos de ir a piscinas, quadras de tênis, campos de hóquei ou qualquer outro campo esportivo; os judeus eram proibidos de ficar em seus jardins ou nos de amigos depois das oito da noite; os judeus eram proibidos de visitar casas de cristãos; os judeus deveriam frequentar escolas judias etc. Você não podia fazer isso nem aquilo, mas a vida continuava. Jacque sempre me dizia: “Eu não ouso fazer mais nada, porque tenho medo de ser algo proibido.”

No verão de 1941, vovó ficou doente e precisou ser operada; por isso, meu aniversário passou quase sem ser celebrado. No verão de 1940, também não tivemos muita coisa em meu aniversário, já que as lutas mal haviam terminado na Holanda. Vovó morreu em janeiro de 1942. Ninguém imagina quanto eu ainda penso nela e a amo. Essa festa de aniversário em 1942 deveria compensar as anteriores, e a vela de vovó foi acesa junto das outras. Nós quatro ainda estamos bem, e isso me traz à data atual de 20 de junho de 1942, e à inauguração solene de meu diário."

Diferentes capas do diário de Anne




Capa original da Kitty


Ao longo dos anos, o livro "Diário de Anne Frank" foi editado, reeditado, censurado e "descensurado". Atualmente existem três versões do Diário disponíveis para venda. A versão A que é original, sem censuras e tudo da forma como Anne escreveu em Kitty, a versão B é a versão que Anne planejava publicar depois da guerra, então ela é escrita quase como uma novela em cartas avulsas, Anne chamava esta coleção de cartas de "O Anexo Secreto", existe ainda a versão C (que eu li) é um pouco censurada e nesta, Otto reuni as informações das duas versões anteriores em um livro só, a versão C é a mais usada nas escolas devido ás características citadas anteriormente, e por fim a versão D, que foi organizada por Mirjam Pressler em 1955, essa é muito semelhante a versão B, enquanto a B é organizada por Otto e por Mirjam e a versão D é reorganizada por ela, esta é muito pouco conhecida.


Existem também vários livros de diferentes capas, a primeira foi esta:



Em seguida, vieram as outras versões dos "diários" de Anne Frank (versões A, B, C e D):






Existe o Diário de Anne Frank "sem censuras" (semelhante a versão A):



E a versão C com outras capas, como essa:



Ainda temos a muitas versões em vários idiomas além do nosso (lógico), como por exemplo o inglês:



Também existem versões criadas por outros escritores fãs do diário, como o "Diário gráfico de Kitty" que narra a história de Anne Frank como se ela tivesse sido levada ao campo de concentração e tivesse sobrevivido a guerra:



Mas afinal, qual a capa original da Kitty? A edição do diário mais próxima do diário original é a edição especial de luxo, ela é parecida com a versão A e tem fotos e trechos do diário até então inéditos, o livro é de capa dura xadrez vermelho e branco, custa aproximadamente 50 reais e é preferência entre os fãs de Anne.



Esta é a "replica" mais próxima da capa original do nosso querido diário, Kitty:



Fonte: http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/Diario-como-melhor-amigo-/Finalmente-levada-a-serio-como-escritora/

Amigos de Anne Frank - Hanneli Goslar


Hanneli Goslar


Hoje eu vou falar sobre Hannah (Hanneli) Elizabeth Goslar, uma das melhores amigas de Anne Frank. Infelizmente eu só achei uma reportagem boa, e está em alemão, mas para não ficar sem postar, com autorização da Profª Marina, vai assim mesmo.


"Anne Franks ewige beste Freundin

Sie waren beste Freundinnen, spielten zusammen, quatschten über Jungs: Hannah Goslar und Anne Frank. Nach ihrer Deportation trafen sie im KZ Bergen-Belsen ein letztes Mal aufeinander - wenige Tage vor Annes Tod. Heute trägt Hannah ihre Geschichte in die Welt.

Das Ende hat Hannah verschlafen. Sie lag an ihrem angestammten Platz im Viehwaggon, zehn Tage schon dauerte die Irrfahrt durch Deutschland. Durch die Ritzen im Holz hatten sie Lüneburg erkannt und die Umrisse des völlig zerstörten Berlins. Immer wenn die Bomben fielen, hielt der Zug, dann konnten sie kurz aussteigen, bewacht von der SS. Am 23. April 1945, bei Kilometer 101,6, bleibt der Zug stehen. Die Elsterbrücke war gesprengt, ein Weiterkommen unmöglich. Doch Hannah schlief. Sie war in einen Dämmerzustand gefallen, irgendwo zwischen Leben und Tod.

Truppen der Roten Armee fanden an jenem Montag den letzten der drei Todestransporte aus dem KZ Bergen-Belsen und seine erbärmliche Fracht.

"Da hätte man mich doch wecken sollen, nicht wahr?", sagt die patente alte Dame mit dem dunkel gefärbten Haar, den leuchtenden Augen und dem schwarzen Hut, während sie über den Dächern Berlins in einem Restaurant sitzt und einen Kaffee mit Süßstoff trinkt. Immerhin war das der Moment, in dem Hannah Goslar wusste, dass sie die Nazis und das KZ überlebt hatte, dass sie es mit ihren 16 Jahren geschafft hatte, sich und ihre zwölf Jahre jüngere Schwester durchzubringen.

Durch das Lager Westerbork in den Niederlanden und durch Bergen-Belsen.

Die erste Nacht in Freiheit - aber unter dem Hakenkreuz

Die erste Nacht in Freiheit verbrachten die beiden Mädchen im Haus des früheren Bürgermeisters von Schilda, einem Dorf in Brandenburg. In dem leer stehenden Gebäude fanden Hannah und Gabi ein Schlafzimmer mit einem sauberen Bett und einer grünen Tapete. Auf sie hatten die früheren Bewohner große, dunkelgrüne Hakenkreuze gemalt. "So viel Gefolgschaft haben noch nicht mal die Nazis verlangt", sagt Hannah und schüttelt leicht den Kopf. Immerhin war es ein Bett. Und immerhin waren sie frei. "Wir haben uns umgedreht und einfach die Augen zu gemacht."



Die Fahrt im Verlorenen Zug sei das Schlimmste an der jahrelangen KZ-Haft gewesen, sagt Hannah. Was dort passierte, ist so fürchterlich, dass sie es kaum erzählen mag. Die Menschen waren zusammengepfercht – Alte, Frauen, Kranke. Neben Hannah und ihrer Schwester lag ein Ungar, Herr Mermelstein. Der war todkrank, litt an schweren Durchfällen. Die Pfanne wollte er während der Fahrt leeren, doch er schaffte es nicht. Der Inhalt landete auf Hannah und ihrer S



chwester, die vor der Öffnung kauerten. Wasser, um sich zu waschen, gab es nicht. "Da bin ich hysterisch geworden, habe geschrieen und getobt. Dabei war der Mann ja krank."

"Manchmal träume ich schlecht"

Wenn Hannah Pick-Goslar mit ihren 78 Jahren über ihre Kindheit im Exil in Amsterdam und die Jugend im KZ spricht, klingt das nüchtern, fast etwas abgeklärt. Emotionen zeigt sie kaum, so hat sie es gelernt. Wenn man sie fragt, was es mit ihr macht, immer und immer wieder ihre Geschichte zu erzählen, dann sagt sie leise: "Na ja, wissen Sie, manchmal träume ich schlecht."


Hannah kommt fast jährlich nach Deutschland und Holland, um zu erzählen, was ihr widerfahren ist. Ihre Geschichte, das ist die Geschichte ihrer Freundschaft zu Anne Frank, deren Tagebuch eines der meistgelesenen Bücher der Welt ist. Aber es ist vor allem auch die Geschichte einer Jugend, die geprägt war durch die Repressalien der Nazis, durch das Leben im KZ – aber auch durch Mut und den festen Willen, die schwere Zeit zu überstehen.


Dass sie überlebt hat und Anne als junges Mädchen im KZ sterben musste, versteht Hannah als Verpflichtung, dafür zu sorgen, dass die Geschichte von Anne Frank weiterlebt. Sie selbst, meint Hannah, sei nichts Besonderes."

Amigos de Anne Frank - Betty Bloemendal


Betty Bloemendal


Betty Bloemendal (Ms Bertha Bloemendal), mais uma colega de Anne Frank.

“Parece meio pobre ,e acho que talvez ela seja. Ela mora numa rua que não é conhecida , no lado oeste de Amsterdã, e nenhuma de nós sabe onde fica. Ela se dá muito bem na escola, mas é porque
estuda muito, e não porque seja inteligente. É muito quieta.”
Em 15 de junho de 1942, Anne Frank escreve sobre Betty em seu diário. Betty também estava presente em sua festa de aniversário. Em 21 de setembro de 1942 Anne escreve que ela ouviu Betty foi deportada para a Polônia.

Amigos de Anne Frank - Ilse Wagner


Ilse Wagner


Ilse Wagner outro colega de Anne:

​A família Wagner morava em Hamburgo. Após a noite de pogrom em 9 de novembro de 1938, Salomon Wagner foi detido e detido no campo de concentração de Sachsenhausen até 11 de janeiro de 1939. A família então deixou Hamburgo e emigrou para os Países Baixos. Viviam em Amsterdã. Ilse Wagner era amiga de Anne Frank, ela fundou junto com ela e 3 outras meninas o clube de ténis de mesa "Little Bear menos dois".

A placa de ténis de mesa onde as meninas se encontraram ficou no apartamento dos Wagners.





Salomon Alfred Wagner foi deportado do campo de trânsito da polícia ocidental para Auschwitz em 19 de outubro de 1942. Ele provavelmente foi assassinado lá em 22 de outubro de 1942, logo após sua chegada.

Em janeiro de 1943, Ilse, sua mãe e sua avó foram presos e trazidos para o campo de trânsito da polícia

ocidental. Em 30 de março de 1943 eles foram amontoados com outro 1252 pessoas em vagões de carga. Com o 5º transporte da esquerda ocidental na direção do campo de extermínio alemão Sobibor na Polônia, eles foram deportados. É para ser dito que Golda Wagner, sua nora Johanna e sua neta Ilse Wagner foram assassinados em 02 de abril de 1943, logo após a sua chegada em Sobibor. A partir deste transporte, nenhuma das 1255 pessoas sobreviveram à época da guerra