Segundo Nanette, sua vida na década de 1940 foi "uma constante luta pela sobrevivência". Ela foi colega de turma da jovem Anne Frank, que utilizava seu diário secreto para relatar o drama vivido pelos judeus naquela época. "Eu e a Anne sempre nos encontrávamos. Ela foi uma pessoa especial, com sorriso no rosto e que esbanjava vontade de viver. Embora para mim, os escritos no livro não fossem novidade, pois eu também vivia aquilo. Sua escrita era impecável e descrevia com precisão a dor e a perseguição do Estado Nazista sobre nós judeus”, explica Nanette.
A última vez que teve contato com Anne Frank foi por meio de uma tela que separava os campos de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. "Ela estava debilitada demais, praticamente morta-viva", relata Nanette.
Ela diz que até hoje luta para superar os traumas causados pelo regime nazista comandado por Adolf Hitler.
Nanette relata que foi salva pela indiferença, pois em uma das vezes que esteve frente a frente com a morte um oficial apontou uma arma para ela e sua reação foi mostrar indiferença, pois estava desnutrida, pesando cerca de 30 kg e ainda com muitas dúvidas sobre tudo o que acontecia. Hoje está aqui e acha que sua indiferença tirou o prazer dele de a matar.